Desamor, Desvalor, Desamparo

Ao longo da vida podemos criar algumas Crenças Disfuncionais, que fazem com que enxerguemos a realidade com um olhar distorcido, pessimista e autossabotador.

São elas:

• Desamparo - Impotente, frágil, vulnerável, carente, desamparado, necessitado

• Desamor - Indesejável, incapaz de ser gostado, de ser amado, sem atrativos, imperfeito, rejeitado, abandonado, sozinho

• Desvalor - Incapaz, incompetente, inadequado, ineficiente, falho, defeituoso, enganador, fracassado, sem valor

Trago aqui um exemplo de como uma Crença Disfuncional pode ter surgido:

Quando criança talvez você possa ter tido dificuldade em alguma matéria na escola, tirou notas baixas, escutou que não era bom o suficiente, que não era tão bom como o coleguinha, e isso pode ter ficado enraizado como uma crença central de DESVALOR, você se sente incapaz, incompetente, inadequado, rejeitado, talvez nunca mais se engaje tanto naquela matéria novamente, acredita que não é bom naquilo, e até hoje, quando se vê em uma situação parecida, essa crença disfuncional pode ser ativada, e você sente todas essas emoções negativas novamente.

Então se não era bom em matemática, por exemplo, hoje enquanto adulto quando precisa estudar para um concurso público, fazer algum cálculo para o trabalho acaba ativando essa crença, se sentindo mal e pode vir a ter uma crise de ansiedade, paralisar, evitar tais situações. Trazendo muitos prejuízos para a sua vida.

Mas, nossas crenças podem ser mudadas!

E podemos fazer isso nos questionando, ressignificando nossa história de vida e nossas dificuldades.

Sobre o exemplo anterior, quantos motivos podem ser explicados para você não ter se saído bem naquela matéria na escola? Poderia não ter estudado de maneira correta? Não ter sido motivado o suficiente? Poderia ter ficado doente e perdido uma aula importante? Poderia ter tido um professor que não tinha uma didática tão boa? Ter um ritmo diferente? Ter tido preguiça, afinal era uma criança e ainda não tinha tanta maturidade para compreender a importância? (Perceba que poderia passar o dia trazendo exemplos de motivos).

Outro ponto, e todas as outras matérias que você foi bem? Elas não importam? Todo mundo se sai sempre bem em tudo?

Veja o quanto alguns pensamentos rígidos que criamos, não são tão realistas, estudando e se dedicando você pode ir melhor!

Você tem valor.

Questione, flexibilize, seja seu próprio advogado. Hoje o que posso fazer para ser melhor?

Mariá Lisboa Diotallévy Román